Intolerância e covardia em clássico western

Mais um filme visto do "Cinema Faroeste Vol. 5", digistack com três DVDs que reúne seis clássicos do gênero, lançado pela Versátil Home Vídeo. Foi na tarde desta quinta-feira, 7: "Homens Indomáveis" (Silver Lode), de Allan Dwan, 1954 - Não se tem informação sobre ter sido exibido em Feira de Santana.

No filme, a exposição da fragilidade com que a lei e a justiça podem ser burladas em favor de bandidos. Trata sobre intolerância, covardia e até onde a maldade humana, nos atos de um crápula, pode chegar. Um filme de ritmo forte e intenso, com suspense e emoção.
Está incluído entre os "1001 Filmes Que Você Deve Ver Antes de Morrer", editado por Steven Schneider.

"Homens Indomáveis" foi lançado nos Estados Unidos em julho de 1954, quando Hollywood vivia sob a onda de terror espalhada pelo senador Joseph McCarthy e comissão formada no Congresso norte-americano para caçar simpatizantes do comunismo. Então, escritores, roteiristas, atores e técnicos foram impedidos de trabalhar.

O nome do vilão do filme é Fred McCarty (Dan Duryea, bom ator especializado em papéis de homem mau), uma alusão ao senador republicano. Ele aparece como um suposto delegado federal. 
Graças a "Uma Viagem Pessoal com Martin Scorsese Pelo Cinema Americano", considerada uma aula obrigatória de cinema, o filme tem hoje o status que merece de pequena obra-prima do faroeste.

O filme contém referências de "Matar ou Morrer" (High Noon), de Fred Zinnemann.

A ação começa com McCarty e três capangas - Johnson (Harry Carey Jr.), Kirk (Alan Hale Jr.) e Wicker (Stuart Whitman) - chegando em Silver Lode no dia 4 de julho. Eles estão procurando Dan Ballard (John Payne), há dois anos na cidade, que tem interrompido seu casamento com Rose Evans (Lizabeth Scott), filha de Zachary Evans (Morris Ankrum), um dos homens mais ricos do lugar. O delegado tem um mandado de prisão contra o noivo. McCarty conta que ele assassinou seu irmão e roubou 20 mil dólares. Ballard nega as acusações mas sem veemência, do que se aproveita McCarty para convencer a todos que ele é um criminoso e fugitivo da Justiça. Ballard consegue escapar e refugia-se na igreja. Ele só conta com ajuda de duas pessoas - sua noiva Rose e a prostituta Dolly (Dolores Moran), com quem ele antes teve um relacionamento. Usando um ardil, as duas mulheres conseguem evitar o linchamento. Desarmado e encurralado na torre da igreja, Ballard é atacado por McCarty, que dispara contra ele. Uma das balas ricocheteia no sino e atinge o peito do vilão. Ao mesmo tempo, o telégrafo chega com mensagem recebida dizendo que McCarty era um impostor e assassino.