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terça-feira, 21 de junho de 2016

"Cunha antecipa 'delação' entregando Jaques Wagner. Bom aperitivo!"

Felipe Moura Brasil resume melhores momentos 
da entrevista coletiva do presidente afastado da Câmara
– Eduardo Cunha: "Tem alguns algozes meus que são quase repórteres adjuntos do Jornal Nacional, que estão escalados quase todos os dias". Pouco após a ironia, Globonews cortou a transmissão da entrevista coletiva do presidente afastado da Câmara.
– Número de votos do candidato do PT na eleição na Câmara foi praticamente o mesmo que Dilma teve no impeachment, diz Cunha, ligando-se ao destino da petista. Sempre juntinhos, queridos.
– "É importante deixar claro aqui uma coisa: quem instalou a CPI da Petrobras, fui eu como presidente. Eu não fui por convocação, fui espontaneamente para prestar esclarecimentos. Porque justamente eu não queria a polêmica de toda hora ficarem colocando requerimento para convocação, eu preferi ir". E se lascou.
– Cunha repete alegação de que não tinha controle do 'trust'. "Eu estou absolutamente convicto de que não menti. Fui à CPI muito convicto de que não tinha conta." É curioso como toda convicção declarada como tal soa menos crível que a simples negação. José Dirceu também está convencido de sua inocência.
– "Minha esposa tinha conta dentro do padrão do Banco Central. Ela tinha o saldo, a cada dia 31 de dezembro do ano, inferior a 100 mil dólares. Por isso ela não era obrigada a declarar."
– Cunha lista as votações importantes realizadas na Câmara sob seu comando, como a da redução da maioridade penal. Vemos a cada dia mais menores impunes, mas tema é polêmico e desperta a luta ideológica, diz o presidente afastado da Casa, lembrando que tramitação ainda não foi concluída. Lamentavelmente.
– Cunha: "Tive três encontros com Jaques Wagner. Nos três, ele ofereceu os votos do PT no Conselho de Ética” para evitar a abertura do impeachment.
– Lembrando: em dezembro de 2015, ao autorizar o processo de impeachment, Cunha teve bate-boca com Wagner e ameaçou revelar informações.
– Cunha diz que Wagner lhe telefonou várias vezes no dia em que anunciou abertura do impeachment e emissários também ofereceram votos.
– Cunha: "O ministro da Casa Civil oferecia até o controle do presidente do Conselho de Ética. É fantasiosa essa história (de chantagem)".
– Lembrando: o PT acusa Cunha de ter usado o pedido de impeachment como moeda de troca para obter votos favoráveis no Conselho de Ética e de ter aberto o processo por vingança após a desistência de deputados petistas de votar a seu favor. O PT, como sempre, acusa os outros daquilo que faz.
– Cunha ataca PGR: "Na primeira denúncia que foi aceita, eu era acusado de ser responsável pela manutenção de Cerveró no cargo" mas ele negou que me conhecia.
– Cunha acusa Rodrigo Janot de formular denúncia contra ele com base em notícias jornalísticas. Diz que nunca tinha visto isto em processo judicial. Janot é mesmo um inventor de moda.
– Cunha: "Tudo que eu faço é 'manobra'. Com relação àqueles que querem me derrotar, nada é manobra." Isto é fato, independentemente de qualquer culpa de Cunha.
– "Tem uns que não querem nem minha cassação, querem minha extinção", diz Cunha. O tom é novamente vitimista, mas tampouco deixa de ser verdade.
– Cunha lembra que presidente do Conselho de Ética alegou ter praticado uma "manobra do bem". Cunha diz não existir manobra do bem ou do mal, mas, sim, o cumprimento ou não do regimento da Câmara.
– Cunha critica pedido de prisão apresentado por Rodrigo Janot: "Qualquer estagiário de Direito vai entender o ridículo da peça".
– Cunha lembra que único motivo constitucional para prisão de parlamentar é flagrante de crime inafiançável, o que não aconteceu.
– Cunha diz ter sido cerceado em seu direito de defesa porque o pedido de prisão o impediu de comparecer ao Conselho de Ética. Por isso, entrou com recurso no STF.
– Cunha justifica a necessidade de segurança: "Ou alguém duvida de que existem agressões por parte dos petistas que perderam suas boquinhas onde quer que a gente vai?" Disso, este blog não duvida.
– Cunha cita ameaças por telefone e até de morte e diz que não fica falando a respeito para não se fazer de coitadinho (como o PT se faz a cada ameaça fake virtual).
– "A Dilma, em seu proveito próprio quando da votação do impeachment, nomeou (parlamentares) para cargos, liberou emendas e ninguém fez nada contra esses atos dela, que deveriam hoje estar passíveis de representação, de outro tipo de improbidade e ninguém pediu também a prisão dela", diz Cunha, rindo.
– "A defesa de Dilma indicou 48 testemunhas, 8 por decreto! E pediu perícia nos documentos do TCU! E ninguém pediu prisão dela por obstrução de Justiça." Tudo verdade.
– "Eu não sou herói nem vilão do processo de impeachment. A ira do PT e de seus aliados pela perda das boquinhas me faz pagar um preço. Mas eu tenho a consciência tranquila de que livrar o Brasil de Dilma e PT será uma marca que eu tenho a honra de carregar." Quem não teria?
– Cunha responde a primeira pergunta: "Como vocês viram, eu não renunciei." Ele se recusou a responder se ainda tem condições de presidir a Câmara.
– Cunha responde sobre possibilidade de fazer delação premiada: "Eu não tenho crime praticado, não tenho o que delatar." Era o que dizia Marcelo Odebrecht até completar um ano na cadeia. Na prática, porém, a delação de Cunha já começou, com a entrega de Jaques Wagner. Sem dúvida, um bom aperitivo.

Fonte: Felipe Moura Brasil  http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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