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No Domingo de Páscoa

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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

"A luta de uma geração"

Por Rachel Sheherazade
Enquanto o Ocidente titubeia, o Estado Islâmico amplia suas fronteiras no Oriente Médio. Depois de 6 meses de investidas dos EUA e seus aliados, apenas um por cento do território iraquiano foi recuperado dos terroristas. Sinal de que os mais de dois mil ataques aéreos contra alvos inimigos ainda não causaram muitos prejuízos. 
O problema é que poucos países querem se arriscar a lutar por terra.
Também conhecido pela sigla Isis - o grupo extremista não surgiu da noite para o dia, mas só ganhou repercussão quando seus "shows de horror" começaram a vir a público através da Internet.
Decapitações, fuzilamentos, e até a incineração de jornalistas, militares, religiosos e voluntários de organizações humanitárias chocaram o mundo ocidental.
No Oriente, as práticas de selvageria já eram conhecidas. Há mais de uma década, há crucificação de infiéis, sequestros e estupros coletivos de crianças e mulheres, aliciamentos forçados de meninos, tudo em nome de Alá, sob o santo véu do islã, a religião usada para justificar toda e qualquer bestialidade dos extremistas.
O Estado Islâmico ganhou força principalmente com o caos no Oriente. O Isis vem consolidado seu estado de terror no vácuo da ordem, em nações como o Iraque, a Síria, e, agora, a Líbia, países dominados pela corrupção, politicamente instáveis e sem uma forte liderança nacional.
Com a Internet como aliada, os aliciadores não conhecem fronteiras e atraem, facilmente, para a sua jihad, a guerra santa, fanáticos de todos os cantos da terra. Britânicos, franceses, belgas e até brasileiros estão se juntando à causa. Estima-se que dos 31 mil combatentes, 15 mil sejam estrangeiros.
Esta semana, diplomatas iraquianos criticaram a omissão do Brasil diante do conflito. Nosso país não faz parte da coalizão contra o Estado Islâmico. Não enviou tropas, armas, ou equipamentos. Não ofereceu treinamento, nem mesmo ajuda humanitária e sequer se pronunciou sobre de que lado está. Nem é preciso. O Brasil, que tem como lema o diálogo com terroristas, permanece em cima do muro.
Com o avanço do nazismo no século passado, países que tentaram se manter neutros acabaram subjugados. E o mundo só se livrou de Hitler e seu ideal totalitário quando finalmente se uniu e pagou o alto preço da guerra.
Só uma forte coalizão poderá deter o avanço do Estado Islâmico. É preciso eliminar seus líderes e destruir sua causa: o ideal medieval de transformar o mundo num califado, um estado único, sem fronteiras, sem liberdades, sem diferenças, regido pelas opressoras leis islâmicas.
Como a peleja contra Hitler, a guerra contra os terroristas será difícil, sangrenta e longa. Para o general americano John Allen, que lidera a Coalizão, este conflito será "a luta de uma geração".
@rachelsherazade
facebook.com/rachelsheherazadejornalista

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