Com
argumento e direção de Tuna Espinheira, a produção do filme "O Imaginário
de Juraci Dórea no Sertão - Veredas", inicia filmagens em Feira de Santana
na segunda-feira, 6 de maio, com tomadas no Campo do Gado e arredores da
cidade.
"Este trabalho, um documentário, cujo protagonista é um personagem da história desta brava região", segundo Tuna, pretende mostrar o sertão através do imaginário, inspirado no "Projeto Terra", que completa 30 anos de execução pelo artista plástico Juraci Dórea.
"Este trabalho, um documentário, cujo protagonista é um personagem da história desta brava região", segundo Tuna, pretende mostrar o sertão através do imaginário, inspirado no "Projeto Terra", que completa 30 anos de execução pelo artista plástico Juraci Dórea.
Aprovado pelo FSA/BRDE - Prodavi, o filme será rodado
em Digital HD pela produtora Larty Mark. A produção executiva é de Wiltonauar Moura e deverá ser exibido pela TVE
Bahia.
O
documentário, de 55 minutos, "vai revisitar os caminhos percorridos pelo
artista, registrar o que ainda existe, recuperar o que for possível e colocar
novas obras no trajeto entre Feira de Santana, Monte Santo, Canudos, Raso da
Catarina, Jeremoabo e Paulo Afonso, colhendo depoimentos de pessoas e
personagens de cada local ao mesmo em que promoverá o conhecimento da arte e
motivará o surgimento de novos artistas no sertão baiano", conta Tuna
Espinheira
O projeto
O argumento aqui urdido
para um filme documentário, a ser rodado no sistema digital de alta resolução,
acoplado ao som direto, igualmente digital de última geração, com duração de 54
minutos, em conformidade com o presente edital, tem como objeto principal a
emblemática criação do premiado artista plástico, Juraci Dórea, intitulado
"Projeto Terra".
Como o "Projeto
Terra" representa aqui a fonte (o leit motiv) desta nossa proposta,
torna-se de bom alvitre, para maiores esclarecimentos, uma breve descritiva, do
seu histórico, da repercussão causada pela sua força estética, que, desde o
início, obteve a atenção favorável da crítica especializada.
A gênese do projeto em
questão, remonta ao ano de 1983, época em que o artista rompeu léguas tiranas,
pelas veredas do sertão baiano, plantando suas obras de arte, esculturas,
pinturas, painéis, numa assombrosa exposição, a céu aberto, ao tempo e ao vento.
A guisa de referência da
crítica, escolhemos este fragmento de um artigo do respeitado crítico Frederico
Morais: "...fazendo uma arte autenticamente regional, mas sem cair nos
vícios de um folclorismo ou populismo para consumo erudito, Juraci Dórea vai dando
sua versão de questões tão atuais e complexas como arte mural, arte pública,
museu ao ar livre, participação do público e até mesmo da arte
conceitual".
Por considerar valer a
pena o que diz o próprio artista, pinçamos também, um fragmento dos seus dizeres
em referência ao seu trabalho: "essas esculturas, veiculadas no próprio
ambiente que as inspirou, invertem, de certa forma, os mecanismos de circulação
da obra de arte - hoje um fenômeno ligado unicamente aos grandes centros
urbanos - podendo transformar o sertão da Bahia num imenso museu ao ar
livre".
De acordo com a
referência que fizemos sobre a repercussão do "Projeto Terra",
achamos válido frisar alguns resultados de reconhecimento, não só no solo
pátrio, mas além fronteiras, tai como: Bolsa Ivan Serpa (RJ), outorgada ao
artista em 1986; selecionado pela 19ª Bienal de São Paulo (1987); 43ª Bienal de
Veneza (1988); 3ª Bienal de Havana (1989); Pintura e Escultura do Nordeste do
Brasil, Lisboa (1996).
Inúmeros estudos, defesas
de teses em universidades, ensaios, foram publicados com o assunto
"Projeto Terra".
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