Os partidos oposicionistas PPS, PSDB e Democratras formalizaram nesta quarta-feira, 12, à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja investigado por participação no esquema do mensalão. O documento da oposição cita as revelações feitas pelo empresário Marcos Valério de que o petista teve despesas pessoais pagas com recursos arrecadados na trama criminosa e que o ex-presidente autorizou a tomada de empréstimos fraudulentos nos bancos BMG e Rural para corromper deputados.
Na representação encaminhada à PGR, os partidos lembram
que VEJA já havia revelado que
Valério, o operador financeiro do mensalão, guardava segredos e que, na
tentativa de obter um acordo de delação premiada, prometeu detalhar a
participação do ex-presidente Lula no esquema criminoso.
Os partidos argumentam ainda que, assim como ocorreu no
mensalão, o PT tenta desqualificar as revelações de Valério. "As acusações são
gravíssimas e precisam ser investigadas a fundo. Não está se tratando mais de
suposições, elucubrações, presunções ou teorias, como gostavam de afirmar os
réus já condenados na AP 470 (mensalão)", dizem as legendas na representação.
Para PSDB, Democratas e PPS, o depoimento formal de Valério
coloca o ex-presidente Lula no centro do escândalo e requer apuração rigorosa
dos fatos.
Despesas de Lula
No seu depoimento, Valério disse ainda que dinheiro do esquema do mensalão - que comprou voto de parlamentares do Congresso Nacional entre 2003 e 2005 – também serviu para pagar "despesas pessoais" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Valério, o dinheiro era depositado na conta de uma empresa de Freud Godoy, na época assessor pessoal de Lula.
No seu depoimento, Valério disse ainda que dinheiro do esquema do mensalão - que comprou voto de parlamentares do Congresso Nacional entre 2003 e 2005 – também serviu para pagar "despesas pessoais" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Valério, o dinheiro era depositado na conta de uma empresa de Freud Godoy, na época assessor pessoal de Lula.
Outras acusações feitas por Valério em seu depoimento,
após a condenação no STF por operar o mensalão, apontam que o ex-presidente deu "ok" para os empréstimos com os bancos BMG e Rural que viriam a irrigar o
esquema. O empresário mineiro afirmou também que foi ameaçado de morte por
Paulo Okamotto, atualmente presidente do Instituto Lula. Tanto Okamotto quanto
Lula, ambos em viagem ao exterior, negaram as acusações.
Conforme revelou reportagem de VEJA, Valério
procurou espontaneamente a PGR dizendo ter mais informações sobre o caso assim
que foi condenado a 40 anos de prisão pelo STF. O empresário disse querer
proteção e tentar uma delação premiada – instrumento jurídico que permite a
redução da pena de um acusado quando ele concorda em dar mais informações sobre
os crimes nos quais está envolvido.
Os ministros do STF adiantaram que as novas informações
de Valério não poderiam beneficiá-lo no julgamento do mensalão, mas apenas em
outros processos que envolvem o réu. Valério responde a outras ações na
Justiça, como a do mensalão mineiro, no qual políticos são acusados de desviar
dinheiro público do governo de Minas Gerais a fim de abastecer, no ano de 1998,
a campanha à reeleição do então governador tucano Eduardo Azeredo,
ex-presidente nacional do PSDB e atualmente deputado federal.
Fonte: "Veja.com"
Um comentário:
Esta atitude da oposição, deveria ter acontecido a muito tempo. Bobearam e Lula cresceu.
O mêdo dos petistas é perder o "garôto propaganda" do PT, que bem ou mal, sempre consegue iludir muitos eleitores desinformados, em prol do petismo. Sem o engôdo, sobraria quem, falando pelo PT? Êles sabem que o povão gosta de ser iludido.
Postar um comentário