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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

"José Ronaldo descarta disputar governo em 2014"




Entrevista a Evilásio Júnior, no "Bahia Notícias"
Prefeito eleito de Feira de Santana com 66,04%, José Ronaldo (Foto: Reprodução), do Democratas, projeta um primeiro semestre de ajustes na questão. A expectativa do democrata é a de que as grandes obras só aconteçam no segundo semestre de 2013 para, em 2014, a administração da segunda maior cidade do Estado venha a "deslanchar". Em entrevista ao Bahia Notícias, Ronaldo falou da transição para o seu governo, mas evitou especular nomes. Ainda comentou as rusgas com o antecessor, Tarcízio Pimenta (PDT), a reaproximação com o senador João Durval (PDT) e descartou ser o nome do Democratas para a sucessão do governador Jaques Wagner, em 2014. "Acredito que nós devemos, já em fevereiro, discutir esse assunto com mais amplitude e buscar pessoas que realmente queiram disputar a eleição, o que não é o meu caso", avisou
Bahia Notícias - O senhor foi favorito do início ao fim na disputa em Feira de Santana. A campanha deu muito trabalho?
José Ronaldo - Deu sim. Eu andei muito, corri muito, participei de centenas de encontros. Foi uma luta grandiosa e, graças a Deus, vitoriosa. Agora é o planejamento. Nos últimos meses viajei muito a Brasília atrás de emendas dos parlamentares. Conseguimos algumas e outras tantas os deputados fazem [de forma] global. A partir do próximo ano eles colocam nos ministérios para os municípios. Muitos deles assumiram o compromisso de colocar as emendas para Feira de Santana. Temos que correr atrás para liberar essas emendas no futuro e outras tantas que já foram apresentadas anteriormente. O senador João Durval [PDT] apresentou na bancada baiana uma emenda para Feira de Santana e ela foi aprovada por todos os parlamentares da bancada baiana. Essa emenda sendo liberada, nós faremos uma grande intervenção urbana, em uma região imensa da cidade, fazendo o acesso ao aeroporto. Vamos trabalhar, planejar, fazer um governo com imensa austeridade e cortar gastos. Dois mil e treze vai ser um ano de muito ajustamento financeiro, para que a gente supere as faltas de recursos que hoje todo mundo reclama na cidade. Onde a gente chega as pessoas reclamam muito de atrasos nos pagamentos. A gente quer fazer uma administração que realmente que venha a atender a aspiração do povo.
BN - Já que o senhor falou em João Durval, antes do início da corrida eleitoral, houve um episódio que foi a "tomada" do PDT de Feira de Santana pelo atual prefeito, Tarcízio Pimenta. O grupo do senador não gostou disso e, durante a campanha, ele mesmo declarou apoio à sua candidatura. O senhor era adversário político de João Durval. Ficou surpreso com a atitude do senador? Vai manter a parceria durante a sua gestão?
JR - Sim. Surpreso, não. Nós já fomos companheiros, correligionários, no passado. Em 2000, quando eu fui candidato, e 2004, doutor João foi uma pessoa que também demonstrou simpatia pela nossa candidatura. Nós fomos adversários, não inimigos. Eu acho que isso ajuda muito, quando a gente está na política e faz a política respeitando as pessoas, a estabelecer e manter o diálogo. Eu nunca fiz política com agressão. Também nunca foi o estilo de João Durval. Então essas coisas ajudaram que a gente estivesse junto nessa eleição. Fiquei muito alegre com o apoio dele.
BN - Houve realmente participação do prefeito de Salvador, João Henrique, na aproximação entre José Ronaldo e João Durval, como se especulou?
JR -
Não, não, não, não. Nunca conversei com o prefeito João Henrique sobre a política de Feira de Santana.
BN - Tarcízio Pimenta, que é o atual prefeito, foi o seu candidato em 2008 e, agora, amargou a última colocação na disputa, atrás inclusive de um candidato desconhecido, até então, do Psol. Em sua análise, como político experiente que é, o que fez o prefeito ser derrotado nas urnas?
JR -
O povo desaprovou, nitidamente, o estilo dele governar. As pessoas falam muito nas ruas que ele assumia compromissos nas comunidades e não realizava. Havia muitas queixas nessa linha.Eu não costumo muito me manifestar sobre resultado eleitoral, porque aprendi a respeitar a decisão das urnas, mas é uma prova inequívoca de desaprovação do seu governo.
BN - O senhor pretende chamar ou manter alguém da atual administração, até porque o grupo do senhor fazia parte da equipe antes do rompimento, para o seu governo?
JR -
Olha, eu tive o apoio de um número expressivo de partidos políticos e de muita gente. Então, é difícil para mim constituir um governo que, a priori, mantenha pessoas do atual governo. Não é uma coisa fácil. Até porque, repito, quando você tem um apoio tão expressivo como eu tive, você tem que procurar trabalhar o máximo possível com aquelas pessoas que trabalharam na campanha política.
BN - Como o senhor pensa em compor sua equipe? Serão cargos técnicos, aliará políticos e técnicos e como vai atender aos partidos políticos?
JR -
Em momento algum nenhum partido me deu apoio exigindo algo em troca. Todas as conversas sempre giravam em torno de transformar o desenvolvimento da cidade de Feira de Santana. No entanto, eu vejo pessoas capazes em vários grupos desses que nos apoiaram, de vários partidos políticos. Vamos, na melhor maneira possível, compor o governo aproveitando essas pessoas. Acima de tudo está a capacidade e não a questão partidária. Se são técnicos ou se são políticos, eu acho que quem vai viver na vida pública tem que ter as duas qualidades. Você não pode divorciar o técnico do político e vice-versa na atividade pública. Nós vamos constituir um governo fazendo justamente essa união: o técnico e o político. Claro que, na condução da administração, existem alguns princípios, como a história de vida de cada um na honestidade e a vontade de trabalhar. Eu acho que esses dois predicados são muito importantes.
 BN - O senhor acha que há a necessidade de se fazer uma reforma administrativa, como ampliar o número de secretarias, cortar gastos e cargos? Quais são as metas administrativas para o início do seu governo?
JR -
O número de cargos existentes até o momento não será ocupado. Mas, nos primeiros seis meses da administração, seguramente algo em torno de 30% a 40% dos cargos de confiança não serão ocupados. Depois nós vamos trabalhar com desdobramento, com o ajuste da administração e aí vai se arrumando, preenchendo cargos aqui, acolá, sempre no espírito da questão da causa pública. Nós instalamos a nossa comissão de transição no fim do mês passado e, apesar das dificuldades, sejam lá quais forem, nós fomos eleitos com o objetivo de superá-las e não apenas de ficar colhendo flores sem espinhos. O que eu posso aqui reafirmar ao povo de Feira é que não vai faltar vontade, determinação, trabalho e luta para superar essas dificuldades. Eu espero, realmente que, nesse ano de 2013, a gente consiga reorganizar tudo e tenhamos já no segundo semestre o início de algumas obras para, em 2014, deslanchar com mais amplitude. O nosso maior desafio é fazer o equilíbrio entre a receita e a despesa.
BN - E quem integra a equipe de transição do senhor hoje?
JR - Essa equipe é coordenada pelo vice-prefeito eleito, Luciano Ribeiro, e pelo professor Carlos Brito e conta com João Marinho Gomes, um funcionário público de carreira, Anilton Santana, e duas pessoas técnicas também, Gilbert Lucas e Adilson Guimarães. É uma equipe muito técnica, com conhecimento da administração. Nenhum deles foi candidato a nada, a não ser o vice-prefeito, que é o coordenador político. Os outros integrantes, um já foi meu secretário de Planejamento e outro de Administração.
BN - Já tem algum nome confirmado para o seu secretariado?
JR - Não. A indicação de pessoas para a equipe de transição não quer dizer nada em relação às secretarias. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Essas pessoas poderão até fazer parte do governo. Se serão secretários ou não serão secretários, aí são outros 500.
BN - Não há nenhum nome confirmado para o seu governo ainda ou está tudo guardado a sete chaves?
JR - Não é questão de sete chaves. Eu acho que essas questões a gente tem que fazer com muito cuidado para não expor ninguém.
BN - São quantas secretarias na prefeitura atualmente?
JR - Olha, são 16 secretarias. Esses são os números que eu estou pegando, né? Agora, existem algumas pastas que estão funcionando extraordinariamente que talvez não sejam instaladas. Mas eu não vou enviar nada à Câmara em forma de projeto de lei. Eu não vou fazer nomeações em determinadas funções nesses primeiros seis meses.
BN - O senhor teme que haja alguma "herança maldita" da gestão anterior?
JR -
Há notícias, eu não posso aqui afirmar, mas há notícias que eu já li inclusive na imprensa de que o Município não pagou e não vem pagando nos últimos meses a parte patronal da previdência municipal. Isso é grave. Espero que seja pago até o fim de ano, mesmo porque isso causa problemas ao gestor e eu não desejo problemas para ninguém. Vamos supor que pague. Pagou, supera-se o problema. Mas se não pagar? Isso é um coisa com a qual eu não convivo. Quando eu assumi a prefeitura, a primeira providência foi pagar esse tipo de despesa rigorosamente em dia e, do passado, eu mandei uma lei para a Câmara, parcelamos e pagávamos também em dia. Isso é uma coisa que me preocupa muito. Há notícias também de que há outros tipos de pagamento que também não foram feitos. Isso aí é aquela história, a Lei de Responsabilidade Fiscal é claríssima: você não pode deixar débitos, você tem que pagar. Não pode empenhar, deixar restos a pagar porque você fere os princípios da LRF.
BN - José Ronaldo é especulado, aqui em Salvador, como o nome do Democratas para disputar o governo em 2014. O ACM Neto já fez um compromisso de que não sairá candidato a nada até concluir o primeiro mandato de prefeito, e deve disputar a reeleição. E José Ronaldo pode pintar como postulante à sucessão do governador Jaques Wagner?
JR -
Não. Muito difícil isso. O Neto já me dizia isso na própria campanha. Eu já disse ao povo de Feira que também não deixaria a prefeitura para ser candidato. Eu acho que esse processo político precisa ser mais discutido. Acredito que nós devemos, já em fevereiro, discutir esse assunto com mais amplitude e buscar pessoas que realmente queiram disputar a eleição, o que não é o meu caso. Eu quero concluir o meu mandato de prefeito, com fé em Deus, em paz com a comunidade. Nem sempre essa pessoa tem que ser, necessariamente, alguém que está militando na política, que já tenha mandato. Pode-se buscar dentro da sociedade mesmo. Quantas vezes já aconteceu de pessoas dessa natureza serem vitoriosas em eleições?
BN - Recentemente, inclusive, aconteceu com a própria presidente da República...
JR -
Pois é. Foi assim com a Dilma Rousseff.
BN - Antes da eleição, o senhor esteve próximo de deixar o Democratas, chegou a conversar até com partidos da base do governo estadual, como o PP. Agora com a recuperação de espaços do partido, depois das vitórias principalmente em Salvador e Feira, o senhor sacramenta que ficará no Democratas até o final do mandato?
JR - Não passa pela minha cabeça esse negócio de mudar de partido. Ao longo da vida, nós conquistamos pessoas que foram meus adversários. Mas não conquistamos exigindo nada em troca. Nós fizemos por onde merecer a conquista. A vida, você vive sempre do bom relacionamento com o próximo. Se você é bem tratado, se você é respeitado, se você tem a atenção das pessoas, você convive com elas. Tanto na atividade política quanto na vida pessoal, se você é bem tratado, você trata bem. Se você não tem uma boa atenção, você se afasta. A distância fica como meta principal. Na questão partidária, eu não tenho nenhum interesse de mudar de partido. Agora, eu acho que, para quem está no governo, existe algo muito forte que chama-se 'um bom diálogo'.
BN - Como o senhor diz, há notícias de que, após a derrota na corrida pela reeleição, mesmo sozinho - porque estaria descartada a hipótese de a sua mulher, a deputada Graça Pimenta (PR), tentar se manter na Assembleia -, o prefeito Tarcízio Pimenta terá dificuldades em se eleger deputado estadual. O senhor pretende colocá-lo em seu governo para dar uma forcinha?
JR - [Muitos risos] Não tem a menor chance.
Fonte: "Bahia Notícias"

2 comentários:

Anônimo disse...

José Ronaldo está volta..haaaa!!Que belíssima entrevista.

M. Zé Amaro, disse...

JOSÉ RONALDO UM HOMEM DE BRIL, EQUILIBRADO E INTELIGENTE, UM POLÍTICO A TODA PROVA. NÓS FEIRENSES CONFIAMOS PLENAMENTE EM SUA CAPACIDADE DE ADMINISTRAR E RESOLVER PROBLEMAS, PRINCIPALMENTE OS TANTOS DEIXADOS PELO SEU ANTECESSOR. PABENIZO PELA BELA ENTREVISTA, E AGUARDAMOS PELA SUA VOLTA E RECONSTRUÇÃO DE FEIRA DE SANTANA A PARTIR DE JANEIRO DE 2013. QUE DEUS O ABENÇOE E LHE DÊ MUITA SAÚDE PARA ENFRENTAR ESSA GRANDE BATALHA.