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No Domingo de Páscoa

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terça-feira, 29 de maio de 2012

O desgoverno na Bahia

Por Carlos Geilson
Em apenas cinco meses, Salvador e Região Metropolitana já contabilizaram mais de mil mortes violentas, greve da polícia e quase 50 dias de greve dos professores da rede estadual.
Semana passada nós tivemos um dia apocalíptico em Salvador: professores e agricultores, cegonheiros, rodoviários e muita chuva. Só faltou o piloto do helicóptero do governador fazer manifestação e parar também.
Enquanto isso, o governador fica em silêncio, ou melhor, fica assistindo novela! É a Bahia perdendo investimentos para os estados vizinhos. É a Bahia banhada de sangue. É a Bahia humilhando professores e mutilando o futuro dos alunos.
Não conseguimos compreender o distanciamento do governador. Ele não se apresenta como o comandante máximo do Estado. O governador fica fazendo discursos bonitos e eloquentes, mas distantes da população. Ele não vai a nenhum município onde a seca esta expulsando os sertanejos. Ele não vai em nenhuma favela alagada; não visita nenhuma delegacia ou presídio; não visita nenhuma escola; não conversa com nenhum professor, que foi seu eleitor, que acreditou sem suas promessas.
Este é o governador que o trabalhador elegeu como salvador?
Este é o governador que usou o contra-cheque do servidor para se eleger?
Este é o governador que não negocia e se diz democrático?
Este é o governador que permite a instalação do desgoverno na Bahia?
É um absurdo o governo silenciar e tentar politizar a greve dos professores.
Enquanto o governo trata a greve como uma questão política um milhão de jovens tem o seu ano letivo comprometido. Quase 50 dias de greve dos professores somados à greve dos policiais apontam quase dois meses sem aulas. É matematicamente impossível repor estes quase sessenta dias letivos, só se fizer como no governo de Nilo Coelho e Waldir Pires, que o ano letivo utilizou as férias para repor as aulas pela completa falta de professores em diversas disciplinas.
Mas, o governador fica fazendo cara de paisagem. Fingindo que não vê os professores. Fingindo que não vê as manifestações de agricultores e cegonheiros travarem a capital baiana sob a complacência da polícia militar, que não assegura o direito de ir e vir dos cidadãos.
O governador precisa descer do pedestal e assumir a administração do Estado. Precisa arregaçar as mangas e trabalhar para a Bahia sair do caos em que estamos vivendo. Não temos como não criticar ou não denunciar o que está acontecendo em nosso estado. O governador precisa deixar o discurso de lado e partir para o trabalho.
Tá na hora de ir para o meio povo e resolver os problemas. Não adianta ficar sobrevoando a Bahia sem conhecer de perto os problemas. Ele precisa chegar no sertão e apertar a mão calejada do sertanejo, ouvir o sofrimento de sua gente. Ele precisa conversar com os professores, com o policial militar, com os servidores e saber o que cada um está passando. Quantas mães de famílias já perderam seus entes queridos nessa violência desenfreada?
O governador precisa estar mais perto desse povo, que está sofrendo e amargurado...
SAIA DA REDE GOVERNADOR!
Carlos Geilson (PTN) é deputado estadual da Bahia
Enviado por Orisa Gomes, da Assessoria de Comunicação

3 comentários:

Mariana disse...

A quanto tempo a gente fala que a Bahia iria ficar mais violenta do que o Rio, heim!

Anônimo disse...

PARABÉNS, GEILSON!
COMENTÁRIO LÚCIDO, COM INDIGNAÇÃO NA DOSE CERTA, DESMASCARANDO ESTE EMBUSTEIRO.

Anônimo disse...

Observe como suas considerações a respeito da incompetência do goverdaor Wagner batem o conteúdo dos videos abaixo. Esse episódio ocorreu em Mucugê quando ele foi inaugurar uma estrada. Professores, pais e alunos se deslocaram de Seabra e o recepcionaram como ele bem merece.

http://www.youtube.com/watch?v=ArAhEZ1QNOA

http://www.youtube.com/watch?v=MgeuuYy5QLw