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No Domingo de Páscoa

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domingo, 4 de dezembro de 2011

"Trio da mordaça ataca de novo"

Editorial
Eles não desistem. Apesar de a presidente Dilma Rousseff ter deixado claro, em várias oportunidades, que não quer ouvir falar em censura à Imprensa, os petistas continuam fazendo proselitismo de sua visão muito particular de "controle social da mídia".
Foi o que voltou a acontecer na semana passada, durante o seminário "Um novo marco regulatório para as Comunicações", promovido em São Paulo pelo partido do governo e protagonizado pelo trio que está na linha de frente dos defensores da mordaça: José Dirceu, Franklin Martins e Ruy Falcão.
O Palácio do Planalto recusou-se a dar seu aval ao evento, razão pela qual o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, embora convidado e anunciado como participante da mesa de abertura, não compareceu.
É claro que nenhum dos integrantes do trio da mordaça admite publicamente ser defensor da censura. Mas com o PT instalado no poder, logo no início do primeiro mandato de Lula, foi proposta a criação de um Conselho Federal de Jornalismo com poderes para controlar e fiscalizar os meios de comunicação.
Por absurda, a ideia não progrediu. Nessa época, é verdade, o trio da mordaça estava disperso: Dirceu, chefe da Casa Civil, articulava a formação da quadrilha do mensalão, o que lhe custou o cargo e o mandato de deputado federal.
Martins trabalhava na imprensa contra a qual já então conspirava, ao mesmo tempo que cultivava seus laços com Lula e o PT, o que lhe valeu, tempos depois, o cargo de ministro.
Falcão era figura inexpressiva da nomenklatura petista e teria permanecido nessa condição se as contingências da vida partidária não tivessem apontado para a necessidade de colocar na presidência da legenda alguém que soubesse exatamente quem são os verdadeiros mandachuvas.
Hoje, desvinculados do governo, os três agem de comum acordo na instância partidária para manter acesa a chama da obsessão que os une: a censura à imprensa. Agem movidos, basicamente, pelo histórico radicalismo ideológico que compartilham.
E não se pode esperar que mentes autoritárias admitam o contraditório, um dos fundamentos das liberdades democráticas. Não é à toa que Dilma Rousseff, com ampla experiência no trato com cabeças ideologicamente radicais e autoritárias, hoje queira distância do trio de ferrabrases.
Fonte: Jornal "O Estado de S. Paulo"

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