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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

"A fé não costuma falhar!"

Por Jorge Magalhães
As segundas de orações buscam trazer paz e harmonia ao governo municipal enrascado com a folha de pagamento das cooperativas de saúde, obrigadas a recorrer a empréstimos bancários para cumprir seus compromissos, segundo fontes próximas ao Maria Quitéria.
Oxalá as orações e genuflexões a que foram consagradas as segundas-feiras no Paço Municipal Maria Quitéria encontrem eco no Plano Superior, de onde a visão panorâmica sobre a sede do governo feirense deve revelar uma zona de penumbra, uma psIcosfera em ebulição espasmódica, um ambiente umbrático clamando aos céus as luzes do equilíbrio, do bom senso e, sobremaneira, a rota da administração da cidade, desencontrada em meio ao repugnante revanchismo político, ao amadorismo e ao improviso administrativos, sem contar a sempre lembrada falta de compromisso com a palavra empenhada.
Tome-se o exemplo do modelo operacional do sistema de saúde do Município, com duas das suas principais cooperativas fornecedoras de mão de obra hospitalar tendo que recorrer à praça para captar recursos da ordem de R$ 6 milhões para honrar a folha de pagamento de faxineiros, técnicos, enfermeiros e médicos.
As informações acima, colhidas em fontes cristalinas, são de barnabés e técnicos emplumados da Prefeitura de Feira Santana, que afirmam que o próprio gestor avisou pessoalmente aos diretores das cooperativas que não haveria pagamento dos serviços por elas prestados nos próximos dois meses, e que providenciassem o empréstimo na rede bancária.
Questionados se as canastras do Erário se encontram à míngua, descartaram, peremptórios, esta opção, evocando o avanço crescente da receita do Município, tendo como base os números generosos disponibilizados pela Secretaria da Fazenda.
O diabo, dizem, "são as verbas originárias do Ministério da Educação, as chamadas rubricas carimbadas que têm aplicação específica para os programas traçados nacionalmente pelo Governo Federal que determina, inclusive, o prazo para serem aplicadas".
"O gato comeu"
- Sim, mas o que, necessariamente, neste caso, a Educação tem a ver com a gestão da Saúde?- pergunta atônito, o repórter.
Sem fazer aquele ar de mistério próprio de quem conspira contra algo ou alguém, estas fontes palacianas dão conta de que o dinheiro que, segundo elas, teria faltado para o pagamento das cooperativas da Saúde vai ser usado para cobrir a verba da Educação, cuja destinação "ninguém sabe, ninguém viu", apenas e tão-somente "o gato comeu", ironizam..
Que o secretário Wagner Gonçalves (Fazenda) "se vire nos trinta para maquiar o rombo da Educação e evitar que o prefeito caia nas malhas do Tribunal de Contas dos Municípios", torcem.
Aliás, os reflexos da falta de grana para o pagamento do pessoal de Saúde já começam a ser sentidos na carne pela população carente, pois clínicas e postos de Saúde municipais estão funcionando a meio pau, mesmo assim só em casos de urgência e emergência é que os agentes de saúde se deixam tocar pela dor humana: é que também são partes da humanidade, e as suas geladeiras precisam ser repostas.
Ah, antes que eu esqueça: o pessoal do badalado, inovador e inusitado Programa Saúde Digital, também manda avisar que até agora não recebeu um tostão de mel coado este mês. Solidário com os colegas da Saúde, a turma está fazendo cara de paisagem ao funcionamento do programa. A soma destes fatores talvez justifiquem a preocupação do alcaide - mesmo que estejamos a milhas e milhas oceânicas distantes de regimes teocrático - em decretar, dentro de um Estado laico, as segundas de orações, descarregos e reflexões espirituais, sempre bem acompanhado de uma plêiade de pastores evangélicos que se põem como intermediários da fruição das energias divinas para a restituição da paz e da harmonia do governo municipal.
Espera-se, entretanto, que o nome do Altíssimo não seja adorado em vão, e que alguns fiéis freqüentadores destas sessões não as transformem em campanhas antecipadas à Casa da Cidadania.
Fonte: "Etc & Tal News"

3 comentários:

Pró enganada disse...

É...como professora e cidadã,cumpridora dos meus deveres,sinto-me envergonhada disso tudo,pois o descaso é total.A situação das escolas é deplorável,as contas do FUNDEB, o gato comeu.Mas quem será esse gato,hein?Pra comer tanto tem q ter um bocão...

Mariana disse...

Ah, já ouvi falar em alguém com essa boca grande,KKKK...será êle?

M. Zé Amaro, disse...

Parabéns ao Jorge Magalhães pelas sábias palavras dessa matéria. Realmente ao contrario do que fala o Secretário da Fazenda, as finanças do municipio encontra-se à mingua. A dívida é grande. O descontrole nas despesas maiores ainda, principalmente nas desnecessárias. A cidade caminha para o caos. O quê nos aguarda ainda nesses últimos doze meses?