Por João Bosco Rabello
A cena se repete pela sétima vez, em menos de um ano, fazendo antever ao País mais um enredo que promete se arrastar com os protagonistas de sempre - de um lado, o governo que resiste ao que comodamente classifica de intriga da mídia; de outro, um ministro que se diz "tranquilo" e prestigiado pela presidente da República.
Não há como estabelecer diferenças entre a situação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, e de seu ex-colega de governo Antonio Palocci. Talvez a única seja a de que, nesta, estão identificados os clientes da consultoria (não se sabe se todos, mas pelo menos os que correspondem ao faturamento até aqui conhecido do consultor).
Bem sabe o governo que o problema não é a "mídia golpista", mas a base movediça de um sistema, oportunamente resumido pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), como "capitanias partidárias".
E é aqui a encruzilhada da presidente Dilma Rousseff, eleita por uma aliança tão ampla quanto fisiológica, origem de uma base parlamentar muito superior à necessária para garantir seus interesses no Legislativo. É um governo obeso, com dificuldade para carregar o próprio peso, refém de demandas por mais aparelhamento da máquina, condenado a emagrecer para sobreviver.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso abordou esse aspecto, sugerindo que a presidente trabalhe com uma base menor, porém fiel, fazendo mais com menos. Mas a sugestão é acompanhada de um alerta: isso não é possível sem programas de governo e sem enfrentar o patrulhamento ideológico.
Fonte: "O Estado de S. Paulo"
A cena se repete pela sétima vez, em menos de um ano, fazendo antever ao País mais um enredo que promete se arrastar com os protagonistas de sempre - de um lado, o governo que resiste ao que comodamente classifica de intriga da mídia; de outro, um ministro que se diz "tranquilo" e prestigiado pela presidente da República.
Não há como estabelecer diferenças entre a situação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, e de seu ex-colega de governo Antonio Palocci. Talvez a única seja a de que, nesta, estão identificados os clientes da consultoria (não se sabe se todos, mas pelo menos os que correspondem ao faturamento até aqui conhecido do consultor).
Bem sabe o governo que o problema não é a "mídia golpista", mas a base movediça de um sistema, oportunamente resumido pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), como "capitanias partidárias".
E é aqui a encruzilhada da presidente Dilma Rousseff, eleita por uma aliança tão ampla quanto fisiológica, origem de uma base parlamentar muito superior à necessária para garantir seus interesses no Legislativo. É um governo obeso, com dificuldade para carregar o próprio peso, refém de demandas por mais aparelhamento da máquina, condenado a emagrecer para sobreviver.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso abordou esse aspecto, sugerindo que a presidente trabalhe com uma base menor, porém fiel, fazendo mais com menos. Mas a sugestão é acompanhada de um alerta: isso não é possível sem programas de governo e sem enfrentar o patrulhamento ideológico.
Fonte: "O Estado de S. Paulo"
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