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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Seminário da Caboronga - Balanço III

"Temos água à vontade, nunca vamos ter escassez"

O professor doutor Manoel Bonfim Ribeiro, mestre em Hidrologia, em sua palestra sobre "A Mensagem da Água", no I Seminário Internacional de Ecoética da Caboronga, no Auditório Elofilo Marques, em Ipirá, no sábado, 24, de forma bem didática deu uma aula sobre a "seiva do planeta", o "símbolo supremo da criação de Deus". "É a causa de todas as coisas", citando o filósofo grego Tales de Mileto (que viveu entre 624 a.A. e 558 a.C.).

Ele considera que entre os bens da natureza que Deus ofertou, a água, "é indiscutivelmente, o mais importante deles. A água é a fonte da vida. É ela que mitiga a sede da humanidade. Umedece e irriga os campos produzindo o alimento que aplaca a fome dos povos. Gera a energia que movimenta as indústrias e ilumina as as noites. Faz flutuar os corpos, cujas embarcações transportam as riquezas pelos mares, oceanos e pelos rios sinuosos da Terra. A água é um insumo de grande transversalidade, está presente em todos os programas de desenvolvimento".
Disse mais: "O homem, ao tempo em que se beneficia da água, a polui e a depreda. A poluição grassa em quase todos os rios da Terra, causada pelo homem civilizado e pelo homem inculto, que fazem de rios seu ponto de lixo. Poluir água e desperdiçá-la é uma cultura da própria humanidade".

Manoel Bonfim Ribeiro informou que "temos água à vontade, nunca vamos ter escassez" - 3% da água está ao alcance do homem (cerca de 4.000 quilômetros cúbicos). O problema da água, segundo disse é "a distribuição e a poluição", o "nó górdio" (nó impossível de desatar). Citou o bíblico poço de Jericó (Gênesis 26: 18 e 19) como exemplo de despoluição.

Citou inúmeros rios de todas as partes do mundo - que conhece as nascentes. O indiano Ganges, rio sagrado, mas onde os esgotos de Nova Delhi, Benares, Patna e Calcutá são lançados "in natura", nas suas águas. O Tibre, que está totalmente poluído na sua travessia pelo centro de Roma. O Pó, também na Itália, que é totalmente poluído. O Tâmisa, em Londres, que "tornou-se um rio fétido e morto, mas que com o empenho do governo britânico e da sociedade organizada, o fez ressuscitar, sendo, hoje, um rio mais límpido". O Reno, que atravessa quatro países, "tornou-se um rio morto e mortífero, causado pelos desastres químicos do parque industrial de Basiléia, e que em dois anos de trabalhos técnicos e ecológicos incessantes, teve a vida aquática ressurgida". O Danúbio, navegável da Áustria ao mar Negro, "foi atingido pela poluição orgânica, pelos agrotóxicos, e esgotos, por diversas vezes e que hoje, despoluído, chega ao mar Negro formando um belíssimo delta". Também o Sena, em Paris, o rio Hudson, o "mais belo dos Estados Unidos, que está literalmente poluído com curtumes e usinas nucleares", e os brasileiros Tietê, Amazonas, São Francisco, entre outros. "A incúria dos homens detona as nascentes", protestou

Sobre a nascente do Caboronga falou que "ela se revoltou e parou de correr". Disse que "nascentes são filhas das florestas, rios são filhos das nascentes". Tratou do resquício da mata atlântica existente, que conhece, e garantiu que entre quatro e oito anos Caboronga será uma fonte que "vai voltar e vou tomar banho nas suas águas correntes".

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