Opção de transferência bancária para a Pessoa Física: Dimas Boaventura de Oliveira, Banco do Brasil, agência 4622-1, conta corrente 50.848-9

Clique na imagem

*

*
Clique na logo para ouvir

No Domingo de Páscoa

No Domingo de Páscoa

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

"Líbia - A fala mansa do governo brasileiro"

Por Ricardo Noblat
O que disse o Brasil até agora pela boca dos seus governantes a respeito do que acontece na Líbia do ditador Kadafi?
Sobriamente, o ministro das Relações Exteriores deplorou a violência empregada pelo regime contra os manifestantes. E mais não se ouviu de essencial.
No caso da crise na Arábia Saudita, que resultou na queda de Mubarak, outro ditador, o Brasil acompanhou a posição dos Estados Unidos em defesa de uma transição pacífica.
Transição, naquelas circunstâncias, queria dizer: a saída de Mubarak e o início dos preparativos para a realização em setembro de eleições livres.
Em matéria de violência, de uso da força bruta e desmedida contra os opositores, o que ocorreu no Egito nem se longe lembra o que ocorre na Líbia.
O Exército egípcio não atirou contra seu povo - e ainda tentou conter os excessos da polícia.
A Força Aérea líbia metralhou gente em Trípoli e em outras cidades. Desembarcaram no país mercenários pagos para fazer parte do serviço sujo.
Mubarak falou algumas vezes na televisão como se não tivesse pleno conhecimento da situação que enfrentava.
Kadafi, não. Ameaçou seu próprio povo. Chamou de ratos e de drogados todos os que pedem reformas no país. E prometeu resistir até à morte.
Sabe-se que mandou instalar explosivos em refinarias para mandá-las pelos ares se achar necessário.
O governo líbio reconhece que já morreram trazentas pessoas. As organizações humanitárias admitem que o número de mortos pode chegar a 800.
No caso da Líbia, o Brasil acompanha a reação por ora tímida dos Estados Unidos. Que pediram o fim da violência contra os manifestantes. Mas que ainda não ousaram pedir a troca de regime.
A posição da maioria dos governos europeus é tão tímida quanto. Na verdade estão mais preocupados com a onda de migrantes que pode se abater sobre seus países
O governo Dilma parece estar sob os efeitos paralisantes do tratamento dispensado pelo governo Lula a Kadafi e ao seu regime abominável.
- Meu amigo, meu irmão e líder - disse Lula a Kadafi ao encontrá-lo há pouco mais de um ano.
Em tempo: não há registro de que Lula tenha beijado a mão de Kadafi como o fez em março do ano passado o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi.
Ainda em tempo: O Peru rompeu, ontem, relações diplomáticas com a Líbia.
Fonte: "Blog do Noblat"

Um comentário:

Mariana disse...

E uma das coisas graves que Kadafi está praticando, agora, segundo informações dadas pela Globonews, é que Kadafi não devolve o corpo dos mortos(que mandou matar)aos seus familiares, salvo se êles assinarem um papel, dizendo que o parente morreu de uma qualquer doença, ou não o entregam. Coisa de gente(?) muito ruim!