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No Domingo de Páscoa

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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

"Mistérios de Dilma"

Editorial do jornal "Folha de S. Paulo", edição desta sexta-feira, 27
Encontram-se guardados a sete chaves, num cofre do Supremo Tribunal Militar, os autos do processo que levou à prisão, em 1970, a atual candidata do PT à Presidência da República.
É evidente a distância, temporal e ideológica, entre aquela Dilma Rousseff de 1970, integrante do grupo guerrilheiro Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares, e a candidata de hoje.
A superação de extremismos e fantasmas ideológicos foi uma conquista, obtida não sem esforço e resistência, de toda a sociedade brasileira em seu processo de redemocratização.
Até mesmo em função dessa circunstância, não faz nenhum sentido manter em sigilo os documentos relativos ao processo movido contra Dilma Rousseff durante o regime autoritário.
É da essência republicana que a biografia de um candidato se exponha ao exame até mesmo impiedoso da opinião pública. Trata-se, afinal, de alguém que pretende assumir o comando do país.
Vale lembrar que as simples declarações de bens de cada candidato, exigidas pelos tribunais eleitorais, não eram divulgadas ao público - tendo sido necessário um mandado judicial para que a Folha pudesse publicá-las pela primeira vez, há mais de dez anos.
Sabe-se até que ponto, nos Estados Unidos, é levado à risca o princípio de que nenhum aspecto da vida privada de um candidato está, em tese, a salvo do interesse público. Do prontuário médico aos hábitos de consumo, do currículo escolar ao cotidiano doméstico, nada é irrelevante.
Ainda que, no Brasil, tenha-se o costume de resguardar um pouco mais a intimidade de governantes e políticos, é dever da imprensa escrutiná-la quando há motivos razoáveis para supor sua possível influência na condução dos negócios de Estado.
No caso do processo de Dilma Rousseff, o segredo se torna ainda mais aberrante quando se tem em conta que são públicos os arquivos aos quais, num ato discricionário, o Supremo Tribunal Militar negou acesso.
O presidente do STM, Carlos Alberto Soares, argumentou em entrevista que os autos foram guardados num cofre, para evitar-se "uso político" do material. Acrescentou que os papéis são de "difícil manuseio", dado seu estado de conservação.
Com os defeitos e virtudes que possa ter, com os erros e acertos que acumulou ao longo de sua biografia, em especial no que diz respeito a suas atitudes políticas, Dilma Rousseff abandona a esfera exclusiva da existência privada a partir do momento em que pretende ocupar o cargo de presidente da República.
Não é exagero dizer que, apesar de seus índices de popularidade, pouco ainda se conhece a seu respeito - exceto aquilo que, graças a uma operação intensiva de marketing, ao peso paquidérmico da máquina oficial e ao desmedido esforço cesarista do presidente Lula, vem sendo imposto artificialmente ao eleitorado.
Nenhum sigilo, ainda mais quando promovido por uma instância oficial, justifica-se nessa circunstância.

2 comentários:

Mariana disse...

Eu mesma, só conheço a parte podre da vida dela, nada mais; se fôr apenas isto o que existe sôbre sua vida, tá claro que não serve prá ser a presidente do país. Só irresponsáveis que se lixam para o futuro do Brasil é que fazem campanha prá ela e ignorantes que os escutam.
Dimas, prá mim, depois de tudo o que se passou com êsses petistas no poder, se alguém está com Dilma, não presta igualmente a ela. E se fôr candidato então, aí é que não merece nenhum crédito!! Se esquecem fácil de certos valores, prá pegarem uma caroninha na popularidade daquêle que é sem nunca ter merecido ser, pela sua cara de pau e sua amnésia quando se trata de lembrar do que quer que esqueçamos.

Unknown disse...

Da DILMA eu já ouvi falar muitas coisas,boas,ruins,guerreira,mistérios?acontecimentos que sabe lá o que ocorreu,falar é fácil,julgar impossível,os juizes que tem autoridades para julgar comete 'erros',o que eu faria se estivesse no lugar do outro? Jesus foi preso,julgado e condenado,sabe qual seu crime? ser SANTO.E qual é o da DILMA? O SEU ,O MEU?.Não acho que errei muito não,mas se eu fosse julgada,nao passaria do crivo da ABSOLVIÇÃO.