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No Domingo de Páscoa

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terça-feira, 24 de março de 2009

Um ano da morte de Fernando Ramos

Na segunda-feira, 23, o primeiro aniversário de morte do escritor Fernando Ramos. Quem foi Fernando Lysesfrank Sousa Ramos (Foto, quando jovem)? Além de escritor, era jornalista, advogado e crítico de música popular. Estava com 76 anos.
Feirense, trata-se de premiado romancista, autor de "Os Enforcados" (Prêmio Jorge Amado, do Governo da Bahia, em 1968 (livro publicado em 1970), e Prêmio de Ficção do Governo do Distrito Federal, em 1971, para obras publicadas). Tem verbetes inclusos no Dicionário Aurélio. Está registrado na "História Crítica da Literatura Brasileira - A Nova Literatura, do romancista piauiense Assis Brasil, Companhia Editora Americana do Rio de Janeiro, 1970.
Em 1969, seu romance "O Demônio" também recebeu o Prêmio Jorge Amado, do Governo da Bahia - esse livro foi lançado pela Editora Mensageiro da Fé. Em 1996, lançou o romance "Uauá, Glória, Tramas e Pistoleiros", pela Editora BDA Bahia.
Na revista "Sertão", em 1955, com seleção de Olney São Paulo, Fernando Ramos teve o conto "O Clunâmbulo de Monte Santo" publicado. Em 1969, com o conto "O Funileiro Que Queria Matar uma Criança Inútil" participou da antologia "Doze Contistas da Bahia", com seleção e introdução de Antônio Olinto, pela Editora Record. Em 1978, participou da antologia "Dezoito Contistas Baianos", edição da Prefeitura da Cidade do Salvador.
Quando Fernando Ramos ainda morava nesta cidade - estava residindo em Salvador -, tinha muito contato com ele, em encontros no casarão da família, na então praça da Matriz, para falar de Feira de Santana, literatura e cinema - gostava muito ("Não sei o que seria de minha infância se não fosse o Cine Santana. Ele foi tudo para mim. Eu não tinha para onde ir"). Quando este jornalista editava o jornal "Feira Hoje", em 1992, publicou capítulos do livro (inédito) "Meu Nome É Vargas", em folhetim.
Em 1955, ele participou do elenco de "Um Crime na Rua", de Olney São Paulo, primeiro filme (curta-metragem, 10m minutos, preto & branco) realizado no interior da Bahia, em Feira de Santana - assisti fragmentos deste filme, nos anos 70. Ele fez o "homem sinistro". Também atuou como assistente de direção desse filme e de "Grito da Terra", em 1964, primeiro longa-metragem de Olney.
Fernando Ramos foi ainda um dos fundadores da Associação Cultural Filinto Bastos, em 1956, junto com Olney, que contava que ele "saía se escondendo (das reuniões) para comer 'passarinha' com pimenta". Nessa época, ele chamava Olney para contar uma idéia de um romance, "O Chamado das Longínquas Caatingas", que mais tarde virou conto e que ele esperava virar filme. Tempo também em que se reuniam em noites de prosas, contando sonhos e projetos, em um bar em frente do prédio da Prefeitura.
Além de Assis Brasil e Aurélio Buarque de Holanda, o escritor Adonias Filho também elevou este feirense como destacado integrante da nova literatura brasileira.

4 comentários:

Anônimo disse...

Quem mais lembrou?

Anônimo disse...

Bem lembrado, Dimas. Realmente, vale a pena ser leitor desse blog.

Darlene Senna, comunicadora e documentarísta de rádio e tv. disse...

Quanta saudade eu sinto do meu grande e verdadeiro amigo Fernando,quantas noites já passamos conversando,ele com suas idéias maravilhosas de seus romances,ainda bem que tive a oportunidade e dar-lhe um grande abraço,porém não sabia que seria o ultimo.Ele autografou mesmo com pouca visão devido ao diabetes,o livro O Lobisomem de Feira de Santana com todo o carinho e cavalheirismo.
Onde você estiver meu doce Fernando olhe por nós das artes,cênicas literarias e musical.
Sei que está ao lado do Mestre Jesus.
Sempre sua Layde Darlene Senna, Comunicadora ,cantora e poetísa.

Darlene Senna, comunicadora e documentarísta de rádio e tv. disse...

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